2.9.08

OCUPAR E RESISTIR

Pessoal,

Ontem, dia 29/08/08, alguns estudantes resolveram - mesmo com parte do prédio destinado à Residência Universitária entregue - continuar com a Ocupação do prédio que tinha como finalidade o Centro de Estudos Interdisciplinar e hoje transformou-se na TV UESB. Alguns podem se perguntar os motivos da continuidade, tendo em vista que a residência, mesmo não sendo o que queremos, pois antende apenas 36 estudantes, em quartos pequenos com 08 estudantes dividindo cada um dos 04 quartos e mais 04 estudantes com necessidades especiais dividindo 02 quartos. Acontece que se é que foi mesmo acordado algo com o movimento isso não foi cumprido. A administração da universidade tinha prometido construir uma residência com 03 módulos - 02 para quartos e 01 para cozinha e área de convivência -, o primeiro módulo seria construido no prazo de 90 dias e, posteriormente, seriam construidos os outros. 02 anos se passaram para que a primeira parte da obra fosse entregue e não se tem perspectiva de que o restante seja viabilizada. Mas para além da Residência, o movimento tem outro caráter: trazer para pauta cotidiana dos estudantes o debate a respeito da educação que queremos e denunciar as práticas nefastas das administrações que usam dos seus cargos públicos para benefício próprio [o doutorado de três administradores - WALDENOR (Deputado pelo PT na Bahia), ADERBAL (PT) e LUCAS (Acessor de Waldenor PT) - e o desvio de milhões do programa de avicultura familiar na gestão de ABEL (PMDB com falações que se filiou ao PCdoB)].

Ontem aconteceu aquilo que esperávamos: TENTARAM NOS COLOCAR A FORÇA PRA FORA (não conseguiram), CORTARAM O FORNECIMENTO DE ÁGUA E ENERGIA.

O movimento vive sobre pressão. Será que eles tentarão nos tirar agora no final de semana quando a universidade estará vazia?

Precisamos de AJUDA, inclusive alimentar e, sobretudo, jurídica.

Ontem foi feito uma assembléia e os estudantes estão articulados e mobilizados, resistiremos até o fim.

Aqueles que se identificam com a luta, participem, apoiem, contamos com vocês para pautarmos uma universidade pública, verdadeiramente gratuita e com qualidade referendada nos anseios da classe explorada e oprimida.

OBS.: Em setembro de 2008 a ocupação completa 04 anos de vida.

Divulguem essas informações para o maior número de pessoas possível. Não tirem conclusões precipitadas, venham conhecer o movimento.

Saudações Revolucionárias

Uelber B. Silva
Movimento Resistência e Luta

Militante do PSTU


QUEM NÃO SE MOVIMENTA NÃO SENTE AS GRADES QUE O PRENDE!
Rosa Luxenburgo

23.12.07

Um encontro... de luta!


Nos dias 9, 10 e 11 de dezembro, a Uesb de Vitória da Conquista foi espaço de integração e de discussão sobre o movimento estudantil de comunicação e a sua atuação na Bahia. Estudantes de Salvador, Juazeiro e Vitória da Conquista, e adeptos de Feira de Santana, não necessariamente estudantes de Comunicação, se integraram e fizeram valer o encontro. A pequena participação dos estudantes - da Uesb principalmente, acredito que devido às dificuldades que tivemos para organizar o encontro, não nos prejudicou, foi muito produtivo encontrar com a galera e por em pauta a nossa atuação e nos articular.

Com direito a atraso no primeiro dia, a céu estrelado e a uma fogueira que mais parecia um incenso gigante, conseguimos iniciar o encontro com místicas e com o som do bom e velho violão, até as relíquias da música baiana animou a galera. No fim, por volta das onze da noite, teve quem encarou a pé os quase seis quilomentros da estrada da Uesb devido à furada dos buzus. Isso foi só pra nos mostrar que o Encontro estava só começando.

O Erecom 2008 foi pauta. Juazeiro está se preparando para receber Alagoas, Sergipe e a Bahia. Hu-hu! Políticas para comunicação e para financias foi a discussão da tarde do segundo dia. Muitas novidades estão por vir. A noite foi reservada para o movimento de base e para a formação do comunicador. O último dia discutimos combate às opressões e democratização das comunicação. Criamos a Semana do Combate às Opressões e estaremos atentos para a Conferência Nacional de Comunicação, que certamente acontecerá em 2008 e o Coletivo BA vai!

A plenária final amarrou os encaminhamentos e nos despedimos depois do belo almoço no R.U.

Uma observação importante: agora somos o Coletivo Bahia dos Estudantes de Comunicação (sem o Social para congregar a galera de design, mas mais social do que nunca!), mais conhecido como Coletivão. Coletivão de luta - vale ressaltar!

Abraços a todos, Chu.

((( Se liguem nos próximos encontros para não perder esses bons momentos.)))

20.10.07

Bem longe do fim...

13ª edição

É minha gente a gestão Malungos do CACS Gregório de Matos chegou ao fim... E o Boca do Inferno, informativo desta gestão vai se despedindo da entidade também. Os malungos prosseguirão com esse inflamado manifesto. Motivos para não deixar calar a nossa voz (infelizmente) não nos faltam.

Só para refrescar a memória dos leitores, nós iniciamos esse trabalho devido a bagunça do curso de Comunicação da nossa Uesb. A partir daí os temas abordados foram os mais diversos sempre de maneira CRÍTICA e IRREVERENTE. Alguns amaram, outros odiaram, mas isso é comum quando se marca uma posição, especialmente aqui no curso de jornalismo, onde descobrimos que a livre expressão não é muito bem vinda!

Títulos provocativos, textos/desabafo, posicionamentos claros e destemidos geraram conflitos entre nós e professores (o Boca foi até ponto de pauta do DFCH). Fomos acusados de irresponsáveis, de fazer jornalismo marrom, por colocar no papel o que era evidente, mas ninguém tinha coragem de dizer!

É assim que chegamos a nossa 13ª edição, realizados por ver que o Boca tem surtido efeito, os estudantes que antes mal se manifestavam lideraram até caravanas para discutir os temas abordados na última edição e o coordenador do colegiado disse que poderiam até usar a Lei de Imprensa contra nós, mas só pra esclarecer, o Boca não é, nunca foi e nunca quis ser um jornal, mas sim um MANIFESTO! E que fique claro, um manifesto de TODA a coordenação do centro acadêmico.

Continuaremos então nos manifestando, doa a quem doer, pois foi assim que sentimos as grades que nos prendiam (e que não eram poucas!) e fizemos com que outras pessoas também sentissem. Sabemos que ainda não conseguimos nos libertar de todas as grades e que muitas surgirão, por isso não vamos parar.

Navegar é preciso...

Durante a gestão Malungos, do Centro Acadêmico Gregório de Matos, descobrimos que nem todos os mares são fáceis de navegar, mas todos são navegáveis. Estávamos na praia admirando quão belo era o mar, suas ondas, seu azul e sua força. Foi quando aceitamos o desafio de entrar juntos, TODOS NO MESMO BARCO. E seguimos viagem rumo ao oceano, mas logo no início do percurso descobrimos que só a bordo é possível conhecer verdadeiramente os segredos do mar, seus monstros, tempestades e ventos tortuosos.

Dessa forma transcorreu a nossa gestão. Nossa chapa teve em seus integrantes um espírito crítico, combatente e inquietante que ansiava por mudanças. Cada um do seu jeito, com suas posições, seu perfil, mas com um único desejo: melhorar o nosso curso e fazer a diferença. Destacamos aqui, nessa despedida da entidade, uma despedida que foi infinitamente mais difícil a do nosso AMIGO DIEGO, eterno Malungo que sempre nos levou a refletir com seus comentários fortes, politizados e críticos. As saudades são angustiantes e eternas. Entrar na sede, hoje com seu nome, sempre nos dá um nó na garganta, aquele aperto no peito e a sensação de estar em um barco diferente, que nunca mais será o mesmo.

No início os projetos e sonhos eram muitos, mas logo descobrimos que os problemas existentes eram ainda maiores. Talvez, olhando para o movimento estudantil de Comunicação, nós estejamos sendo repetitivos, mas vamos lá: assembléias esvaziadas; verdadeira e triste indiferença por grande parte da nossa base; uma administração que sempre emperra; um colegiado que a cada reunião nos trazia mais problemas do que as tão esperadas soluções (poucas vezes encontramos apoio e incentivo por parte dos professores do curso); greve docente e por aí vai, essas foram algumas das ondas que insistiam em virar o nosso barco.

Mas, remando contra essa maré (e como remamos...) conseguimos reformar a nossa sede, botando toda sujeira pra fora; criamos um caixa extra que facilitou nossas atividades; desenvolvemos projetos de extensão que continuarão; quando já não suportávamos mais a apatia frente à desorganização do nosso curso, soltamos o nosso grito através do Boca do Inferno; provocamos debates importantes dentro do curso de jornalismo. Incomodamos a quem tentava emperrar estes objetivos de mudança.

Não conseguimos realizar tudo a que nos propusemos, mas este fato não nos abate de maneira alguma no dia de hoje. Somos conscientes agora, que dentro da coletividade, com toda a sua dinâmica, nós fizemos absolutamente tudo o que foi possível. Deixamos a entidade com orgulho do que fizemos por ela e para ela, principalmente, por que TUDO foi feito com DEDICAÇÃO, CARINHO E RESPEITO pelo curso de Comunicação Social da Uesb. Todas as nossas ações buscaram provocar para construir uma formação de qualidade para refletir na sociedade um jornalismo crítico.

Erros? Muitos, sem dúvida, somos seres humanos. Mas, nenhum que nos faça baixar a cabeça ou ter vergonha dos nossos lemas. E é com estes lemas que gostaríamos de encerrar a nossa despedida, pois eles são mais do que isso, são mensagens, pedidos, conclamações... QUEM NÃO SE MOVIMENTA NÃO SENTE AS GRADES QUE O PRENDEM, e não esqueçam: ESTAMOS TODOS NO MESMO BARCO.

Centro Acadêmico de Comunicação Social Gregório de Mattos

Gestão Malungos, 2006-2007

11.10.07

Edições especiais

CHE (outubro)
Esta é a quinta edição especial que publicamos sobre Che Guevara.Só que dessa vez trazemos material novo (imagens e texto) que não consta das edições passadas.

A maioria dos trabalhos jornalísticos, publicados fora de Cuba sobre o Che, cuidam mais de suas ações do que de suas idéias. Esta edição procura mostrar que, além de exímio combatente, ele era, apesar da pouca idade, um intelectual de futuro tão grandioso como o do guerreiro que fez história.

AQUECIMENTO (setembro)
A busca de soluções para o problema do aquecimento global é o tema desta edição especial de Caros Amigos. Fomos atrás de quem está estudando e trabalhando por soluções e mostramos que apesar das previsões sombrias para o amanhã ainda podemos evitar o pior.

A ILHA (agosto)
Na verdade, por mais por mais que no Brasil jornais e revistas grandes, mais a televisão, não percam uma única oportunidade de tentar desmoralizar Cuba, desferindo ataques até ferozes contra suas instituições, o visitante que tenha sensibilidade trará de lá a lembrança de um povo forte e culto, merecedor do respeito que conquistou por seus próprios esforços e pelo amor ao próximo. Um povo solar.

Nossa dupla de jornalistas, procura transmitir a fibra do cubano diante de qualquer adversidade e para as quais dedica a seguinte legenda: “Para mim, depois desta viagem, heróis não são apenas Fidel e Che. Na Cuba de hoje são 11 milhões de heróis.”